As células do esclerênquima também funcionam como elementos de sustentação mecânica na planta, mas são muito mais rígidas do que as células colenquimáticas. Nas células esclerenquimáticas, a parede celular secundária, produzida após a conclusão do alongamento da célula, é espessa e contém grande quantidade de lignina, um polímero fortalecedor relativamente indigestível, responsável por mais de um quarto da massa seca da madeira. A lignina está presente em todas as plantas vasculares, mas não nas briófitas. Diferentemente das células colenquimáticas, as células esclerenquimáticas maduras não podem se alongar; ocorrem em regiões da planta que pararam de crescer em comprimento. As células esclerenquimáticas são tão especializadas na sustentação que muitas são mortas na maturidade funcional, mas produzem paredes secundárias antes do protoplasto (a parte viva da célula) morrer. As paredes rígidas permanecem como um “esqueleto” que sustenta a planta, em alguns casos por centenas de anos. Dois tipos de células esclerenquimáticas, conhecidos como esclereides e fibras, são totalmente especializados para sustentação e reforço. As esclereides, que são mais curtas do que as fibras e morfologicamente irregulares, têm paredes secundárias muito espessas e lignificadas. As esclereides conferem dureza à casca de noz e à testa da semente, além da textura arenosa da polpa da pera. As fibras, geralmente reunidas em cordões, são longas, delgadas e afiladas. Algumas são usadas comercialmente, como as fibras do cânhamo para a fabricação de cordas e as fibras do linho para a tecelagem.
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Figura 1. Esclerênquima |
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Figura 2. Esclerênquima. |
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